Introdução
A artrose é um processo degenerativo das articulações que pode ser tratado de maneira não operatória em casos onde a articulação está levemente acometida. Nesse cenário, é possível obter sucesso no controle da progressão do desgaste articular por um período mais prolongado. É importante entender que o tratamento não visa reverter ou impedir completamente a progressão, mas sim retardar o avanço das lesões cartilaginosas, e sua eficácia varia de caso a caso.
Quando a articulação está moderadamente ou gravemente acometida, o tratamento não operatório funciona apenas como um método paliativo, ajudando a amenizar parcialmente os sintomas, especialmente a dor. Portanto, essa modalidade de tratamento não é definitiva e deve ser vista como uma solução temporária para melhorar a qualidade de vida do paciente. Entretanto, o paciente pode se tornar dependente de medicamentos, enfrentar efeitos colaterais e precisar ajustar seu estilo de vida.
Fatores de Influência no Tratamento
Os melhores resultados do tratamento não operatório são obtidos quando iniciado de forma precoce e diligente, sendo influenciados por diversos fatores, como:
- Gravidade da lesão
- Articulação acometida
- Causa etiológica da artrose
- Estado psicológico do indivíduo
- Grau de adaptação do paciente à sua condição
Medidas Gerais de Tratamento
Exemplos de medidas gerais que podem ser adotadas incluem:
- Diminuição do peso corporal, especialmente importante para artrose de joelho, quadril e coluna, visando reduzir a carga sobre a articulação.
- Atividade física com ênfase no fortalecimento muscular sem impacto, para criar mecanismos compensatórios à sobrecarga articular.
- Uso de condroprotetores (como condroitina, glicosamina ou colágenos), que são suplementos alimentares destinados a aumentar a resistência à degradação da cartilagem.
- Viscosuplementação com ácido hialurônico injetável, que atua como um lubrificante temporário e proporciona alívio da dor através de infiltrações intra-articulares.
- Cuidados posturais e na realização de atividades diárias, incluindo o uso de calçados adequados para reduzir a sobrecarga articular.
- Uso de bengalas ou muletas para diminuir a pressão sobre o membro acometido.
- Técnicas de reabilitação, como acupuntura e fisioterapia convencional, são úteis especialmente para o controle de crises agudas de dor.
- Uso de medicação analgésica e/ou anti-inflamatória, seja oral ou injetável, para controlar a dor e o processo inflamatório.
Conclusão
Essas medidas gerais representam alternativas de tratamento não operatório que devem ser discutidas com o médico assistente, visando individualizar a estratégia terapêutica. Todas essas modalidades possuem níveis variados de evidência clínica na literatura médica e devem ser consideradas com cautela.