Fundamentalmente, a decisão de operar para receber uma prótese é do paciente. Existem, no entanto, parâmetros que podem ajudar na tomada dessa decisão:
- Dor incontrolável: a dor na articulação não melhora com medicação analgésica tradicional.
- Efeitos colaterais dos analgésicos: quando os efeitos colaterais dos analgésicos, como gastrite medicamentosa, elevação da pressão arterial ou insuficiência renal, são mais graves do que o alívio da dor.
- Necessidade de caminhar sem dor: a necessidade de realizar atividade física, especialmente em casos de doenças cardíacas.
- Dor noturna: o paciente não consegue mais dormir e ter um período de tranquilidade que restaure suas energias.
- Deformidade progressiva ou bloqueio da articulação: exemplos incluem um joelho muito arqueado que impossibilita a caminhada ou rigidez no quadril que dificulta até a higiene pessoal.
- Acometimento de articulações vizinhas: a artrose pode destruir outra articulação por sobrecarga, levando a múltiplas articulações afetadas.
- Perda do mecanismo adaptativo: cada indivíduo tem uma capacidade de se adaptar às adversidades, podendo conviver com a doença por dias, meses ou anos.
- Baixa qualidade de vida e perda de independência: o indivíduo perde a autonomia para realizar suas atividades diárias.
Esses são parâmetros que podem ser usados para considerar o momento ideal para a cirurgia.
Considerações Adicionais
A idade, muitas vezes uma preocupação para os pacientes, não representa uma preocupação real para o médico. A presença de doenças como pressão alta e osteoporose, se controladas, geralmente não contraindicam a cirurgia.
O tempo que um paciente pode esperar para tomar sua decisão é indeterminado. O médico é responsável por orientar e indicar a melhor opção de tratamento para cada situação, mas a decisão final sobre o momento da operação cabe ao paciente.
Como diz o ditado: “Ao médico cabe mostrar um caminho, porém é do paciente a decisão se irá trilha-lo, e em qual momento de sua vida.”