Fundamentalmente, a decisão de operar para receber uma prótese de joelho é do paciente. Existem parâmetros que podem auxiliar o indivíduo a tomar essa decisão, mas cabe ao médico apresentar um caminho, deixando a escolha final para o paciente, que decidirá se irá trilhar esse caminho e em qual momento de sua vida.

Primeiramente, é essencial considerar o grau de dor e a limitação funcional. Quando a dor se torna persistente e intensa, interferindo significativamente nas atividades diárias, mesmo com o uso de medicações e terapias conservadoras, pode ser o momento de considerar a cirurgia.

A incapacidade de realizar tarefas simples, como caminhar, subir escadas ou mesmo descansar sem dor, são sinais claros de que a artrose no joelho está avançada e uma prótese pode ser uma solução viável.

Além da dor, a qualidade de vida é um fator determinante. Se a artrose está impedindo o paciente de aproveitar momentos com a família, praticar atividades de lazer ou até mesmo manter uma vida social ativa, a cirurgia pode trazer benefícios significativos. A melhora na qualidade de vida proporcionada por uma prótese de joelho é um aspecto importante a ser ponderado.

Outro parâmetro é a resposta ao tratamento conservador. Exercícios de fortalecimento, fisioterapia, uso de medicamentos e infiltrações podem retardar a necessidade de uma cirurgia, mas se esses métodos não estão mais proporcionando alívio adequado, a prótese de joelho pode ser a próxima etapa. É importante avaliar, junto com o médico, os resultados dos tratamentos anteriores e a expectativa em relação ao procedimento cirúrgico.

A idade do paciente também pode influenciar a decisão. Embora não haja uma idade específica para a realização da cirurgia, pacientes mais jovens podem optar por adiar a prótese, tentando outros tratamentos primeiro. No entanto, esperar demais pode resultar em um desgaste maior da articulação e em uma recuperação mais difícil no futuro.

O estilo de vida e as expectativas do paciente são fundamentais. Pacientes ativos, que desejam retornar a um nível mais alto de atividade física, podem se beneficiar de uma prótese mais cedo. Já aqueles com uma vida menos ativa podem decidir esperar mais tempo, se os tratamentos conservadores ainda estiverem sendo eficazes.

Por fim, a decisão de operar para receber uma prótese de joelho deve ser tomada com base em uma discussão aberta e honesta entre o paciente e o médico. Avaliar os riscos e benefícios, entender o processo de recuperação e ter expectativas realistas são partes cruciais desse processo. A escolha do momento certo é única para cada indivíduo, levando em conta suas necessidades, objetivos e condições de saúde.

Em suma, a decisão de quando operar para receber uma prótese de joelho é complexa e pessoal. Embora o médico possa orientar e sugerir o melhor caminho, cabe ao paciente decidir o momento certo para melhorar sua qualidade de vida e retomar suas atividades com menos dor e mais mobilidade.