Pubalgia
Pubalgia
A pubalgia é definida como um processo inflamatório da sínfise púbica, uma articulação entre os ossos do púbis (parte anterior da pelve). Tem como sinônimos da mesma situação a sinfisite ou pubeíte.
A teoria mais aceita é da causa ser devido à sobrecarga (overuse) desta região, por um desequilíbrio muscular, entre os músculos adutores, os glúteos e o reto abdominal. A instabilidade da articulação também pode ser observada ou a presença de doenças reumatológicas ou mesmo a distensão após o parto normal, de um recém nato de grandes dimensões. É uma situação auto limitada na maioria das vezes.
O paciente geralmente relata dor na região inguinal aos grandes esforços e ou na parte inferior do abdômen. Atividades esportivas como o futebol, a corrida, em especial os tiros, a artes marciais e o ciclismo são comumente relacionadas a pubalgia.
O exame radiológico simples pode apresentar alterações nas formas mais crônicas da patologia e deve sempre ser solicitado. A ressonância magnética assim como a cintilografia óssea podem ser utilizados quando na dúvida diagnóstica.
A avaliação isocinética com o aparelho CIBEX auxilia na averiguação da condição muscular e auxiliam na reabilitação.
Diversas situações simulam a pubalgia como a hérnia inguinal, a fratura por estresse do púbis, a linfadenite inguinal, a ruptura dos músculos adutores, etc.
O tratamento não operatório é baseado no repouso na musculatura da região e a mudança do treinamento quando ligada ao esporte. Nos casos agudos podem ser utilizadas as infiltrações com corticoesteróides para abreviar o período de dor. A reabilitação fisioterápica é baseada no re equilíbrio muscular e controle da dor, porém o repouso é primordial por um período médio de 3 a 4 meses.
Para os casos resistentes, os com instabilidade da articulação da sínfise ou os que querem abreviar o tempo de recuperação o tratamento cirúrgico pode ser tentado através de diversas técnicas, desde a curetagem (raspagem) da sínfise até a artrodese (bloqueio do movimento desta articulação). A liberação da musculatura adutora é parte integrante destas técnicas. O período de convalescença é de 2 meses para o retorno a atividade esportiva.