Fraturas do Fêmur nos Idosos
O avançar da idade faz com que ocorra uma perda da massa óssea em especial nas mulheres devido à perda do fator hormonal (estrogênio) protetor desta descalcificação. Assim a osteoporose faz com que exista uma maior incidência de fraturas em determinadas regiões do organismo. Uma destas regiões é a parte superior do fêmur, a qual se articula com o quadril. A esta região denomina-se fêmur proximal e é dividida em duas regiões, a do colo e a da região trocanteriana.
Pessoas com osteoporose assim, sofrem quedas e podem fraturar o fêmur. Não é necessária uma grande altura, mas sim a simples torção da coxa, a qual já frágil, pela osteoporose, faz com que se frature.
Dor na virilha, incapacidade para mobilizar o membro inferior e o membro inferior encurtado e rodado para fora são os sintomas, geralmente vivenciados pelos pacientes.
As radiografias da pelve são geralmente suficientes para a confirmação do diagnóstico.
As fraturas do fêmur proximal são de tratamento cirúrgico em quase toda a sua totalidade.
O melhor momento para a cirurgia é nas primeiras horas após a fratura. Porém em condições especiais pode-se aguardar um ou dois dias, sem prejudicar a reabilitação do enfermo.
Exames básicos de sangue como hemograma, coagulograma, glicemia e um eletrocardiograma são os primeiros a serem obtidos. Outros somente na dependência de doenças que necessitem investigação.
O risco anestésico deve ser considerado e a cirurgia realizada. A anestesia geralmente é a raquianestesia.
As técnicas utilizadas são diversas dependendo das características das fraturas e dos pacientes.
Os implantes geralmente utilizados são as placas e os parafusos, as hastes intramedulares, os parafusos canulados ou próteses sejam elas totais ou parciais.
Cada dos implantes possuem características especiais. Em determinadas situações devesse substituir, o osso por metal (uma prótese) e em outras, somente fixar-se o osso quebrado com as placas e parafusos ou hastes, mantendo-se o osso natural.
Como regra geral, as fraturas do colo femoral, em pacientes abaixo de 60 anos são beneficiadas com a fixação com parafusos canulados e ou placas com parafusos.
Entre os 60 anos a 80 anos de idade, a prótese total de quadril, pode ser a opção mais adequada.
Acima dos 80 anos de idade a prótese parcial de quadril é a melhor opção.
Para as fraturas trocanterianas, a opção de placas e hastes são as escolhas mais comuns entre os traumatologistas.
Os riscos do tratamento ou da lesão propriamente dita são a infecção pós operatória, a trombose venosa, a descompensação de doenças já existentes e o tromboembolismo pulmonar.
A reabilitação é dependente do tipo de implante utilizado. Para as próteses a marcha é permitida mais precocemente, enquanto que para as fraturas fixadas com placas e parafusos esperasse que a fratura consolide, estando o osso resistente para suportar o peso corpóreo, o que geralmente dá-se em dois a três meses.