COMPLICAÇÃO, ERRO OU MAU RESULTADO?

Os tratamentos médicos podem evoluir de diversas maneiras. Desde o diagnóstico ao tratamento propriamente dito, conseqüências podem advir do contato inicial entre médico e paciente.

O aumento da necessidade

Existirão doenças que por melhor que seja o tratamento proposto para o tratamento instituído será para amenizar a situação inicial ou melhorar o prognóstico final.

Situação semelhante é o diagnóstico precoce de determinadas patologias que serão de extrema dificuldade de diagnóstico por melhor que seja o médico ou os exames disponíveis. Nestas ocasiões com o passar do tempo, sintomas ainda inexistentes surgem e um quadro clínico, mais característico, repleto de sintomas peculiares, possibilita o diagnóstico em um segundo momento. Infelizmente esta situação depende do tempo e algumas doenças evoluem rapidamente onde os tratamentos não serão eficazes se instituídos tardiamente, o que traz a fatalidade da situação.

Cada doença tem complicações conhecidas e esperadas. Elas ocorrem em determinadas taxas, por melhor que sejam os tratamentos propostos e instituídos. Ao dar exemplos, é esperado que ao enfrentar-se, uma cirurgia, o paciente, por melhor que sejam os cuidados alguns pacientes contraiam infecção hospitalar. Estas taxas de infecção são conhecidas e esperadas. Outro exemplo vem da incidência de pseudoartrose (não cicatrização de uma fratura). Por melhor que sejam os tratamentos algumas fraturas não iram consolidar. Caso utilize-se um antiinflamatório, por período prolongado, este pode causar uma úlcera, e assim por diante.

O mau resultado é a situação de que o tratamento não atingiu o resultado proposto ou esperado. Isto é decorrente de uma faixa de êxito que cada tratamento pode trazer. Algumas vezes em decorrência das características do indivíduo, das peculiaridades ou gravidade da doença, esta acaba levando à resultados diferentes de uma mesma situação quando comparados a indivíduos diferentes. Por exemplo, ao tratar-se uma fratura grave é esperado que por melhor que forem os tratamentos, alguma seqüela, alguns danos residuais persistam. O resultado de uma prótese de quadril em eliminar a dor pode ser diferente se comparado a um paciente com fibromialgia de outro sem. E estas diferentes situações podem ser consideradas de maus resultados.

O erro na área médica deve ser caracterizado como as ações de negligência, a imprudência ou a imperícia. Estas sim, que por conceito serão os reais “erros” e deverão ter suas conseqüências analisadas e muito bem observadas, para não serem confundidas, com as complicações de tratamentos ou o mau resultado. Situações estas esperadas e independentes das ações e atitudes médicas.

Para exemplificar as situações de erro exemplifica-se: neglicência – deixar de fazer; imprudência – fazer no momento inoportuno e imperícia – não saber fazer.

A completa compreensão destas situações deverá acontecer a fim de ser subsidiar a tomada de decisões.